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23 de Abril de 2024

Adolescente confessa estupro de bebê no Piauí e dá detalhes do crime

Confissão foi feita na presença do Ministério Público e Polícia Civil. Crime aconteceu na manhã de domingo (7) em Pedro II, Norte do Piauí.

Publicado por L S.
há 8 anos

O adolescente de 17 anos apreendido pela polícia suspeito de estuprar a criança de apenas 1 ano e três meses em Pedro II, no Norte do Piauí, confessou a autoria do crime na delegacia. De acordo com o delegado Willame Moraes, gerente de policiamento da Polícia Civil no interior, o menor falou todos os detalhes de como praticou o crime no domingo (7). O suspeito é vizinho da vítima.

A bebê foi submetida a exames que comprovaram o estupro e teve que passar por uma cirurgia para reconstrução da vagina. As amostras de DNA encontradas no corpo da menina foram enviadas para análise em Minas Gerais. A menina continua internada e seu estado de saúde é estável.

"Esse menor confessou a autoria e contou detalhes de como fez e de que forma fez. Tudo isso na presença de um promotor de justiça, da mãe dele e do Conselho Tutelar. O local onde o crime foi praticado é nos fundos da casa dele. A polícia obteve a informação de esse menor já teria tentado, por duas vezes, estuprar outras pessoas, inclusive uma menina de 15 anos que é vizinha dele", afirmou o delegado.

Ainda conforme Willame Moraes, a própria mãe do menor acabou contribuindo, mesmo sem querer, a levar a polícia até a autoria do crime por parte do menor. Segundo o delegado, a mulher começou a mentir bastante durante o depoimento e entrou em contradição diversas vezes quando foi questionada. Em seguida, o adolescente confessou ter violentado a criança.

O suspeito foi encontrado e apreendido pela polícia por volta das 20h da terça-feira (9). Ao saber da apreensão do menor, a população de Pedro II ocupou a frente da delegacia e em seguida acabou invadindo o prédio. Parte do muro foi quebrado e algumas motos apreendidas no pátio do local foram incendiadas. O adolescente já não estava na delegacia no momento da confusão.

Adolescente confessa estupro de beb no Piau e d detalhes do crime

"Nesses casos em que existe grande comoção na cidade nós não levamos para a delegacia do município e sim para uma delegacia onde existe estrutura de segurança maior. Em nenhum momento ele foi para a delegacia de Pedro II. Assim que nós o apreendemos e que ele confessou encaminhamos para a cidade de Piripiri (distante 44 km). Mas a população ao tomar conhecimento que ele tinha sido apreendido tomou a frente da delegacia", falou.

Para o delegado, apenas o menor praticou o estupro e descarta a participação de outras pessoas na cena do crime. Ele ressalta que os exames que serão feitos no material genético colhido ajudará a comprovar a autoria, mas destaca que a confissão com riqueza de detalhes já faz a polícia afirmar que ele é o único autor.

"Ele conta com detalhes desde quando saiu de casa pela manhã até o momento em que retornou após a prática do delito. Ele praticou o crime e deixou a criança próxima à rua na frente do matagal, para que ela fosse encontrada, e depois voltou para casa e tomou banho. Mesmo antes de termos os resultados do material genético que foi colhido, que dará suporte probatório bem maior ao inquérito, o próprio menor confessou tudo na presença de várias pessoas", disse.


Entenda o caso

De acordo com a polícia, a menina foi encontrada na manhã do domingo (7) em um matagal próximo à casa da avó, onde dormia quando foi levada do quarto ainda na madrugada. A bebê ficou sob os cuidados da avó materna e uma tia após a mãe sair para uma festa. Por volta das 2h, a tia acordou para amamentar a filha e percebeu que a sobrinha não estava mais na cama.

Pela manhã, a notícia do desaparecimento da garota se espalhou pela cidade. Foi quando populares a encontraram sem roupa e com vários hematomas pelo corpo ao lado de um terreno baldio, segundo a polícia, local frequentado por usuários de drogas.

“Havia machucados pela boca e uma lesão próximo ao olho, além disso, a vagina dela estava bastante machucada”, relatou a delegada Camila Miranda, que preside as investigações.

Fonte: G1

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15 Comentários

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1 ano 3 meses, uma anjinha, criaturinha sem maldade, sem noção do que é esse mundo em que vivemos, começando a vida, e me aparece um safado, pois no meu conceito esse monstro não é doente, mas, sem vergonha, caráter, pudor, etc, se disser que o tipo de monstro que pratica um ato abominável contra uma bebê é portador de alguma doença mental vou estar assinando um atestado pessoal de sua inocência, e nunca vou fazer tal coisa, espero que os colegas que comentarem essa matéria se deliciem em comentar em um futuro não tão distante, que esse ser que não pode ser chamado de animal por ser uma ofensa grave aos pobres animais, foi linchado, complicado manter uma certa classe ao comentar este ato de barbárie... continuar lendo

Com a palavra a Excelentíssima Senhora Deputada Federal Maria do Rosário... Aquela mesmo que defendeu em audiência o estuprador e homicida "Champinha", afirmando que quando cometia atos infracionais ele não sabia exatamente o que estava fazendo.

Esse indivíduo deveria ser submetido a uma castração química, na melhor das hipóteses. continuar lendo

Ninguém estupra por prazer sexual, mas sim pelo prazer da violência. Castração química vai impedir o quê? continuar lendo

Livia,
O estuprador comete tal delito impulsionado pelo prazer sexual e pela ausência de sentimentos como, por exemplo, remorso e piedade.

Eu menciono a castração química "na melhor das hipóteses". Na melhor das hipóteses para o estuprador, pois todos sabemos que no Brasil os criminosos (e em especial os menores infratores) permanecem pouco tempo segregados.

Com a castração química (já que ele vai sair da cadeia de qualquer maneira) com certeza pelo menos haveria um freio biológico ao cometimento de novos estupros.

Talvez ocorra que um estuprador submetido à castração química possa mudar o seu "modus operandi" e cometer novos "estupros" se utilizando de objetos (madeira, metal, plástico...), mas posso lhe garantir que isso seria simplesmente sui generis nas rotinas criminais.

Mas, sabe-se lá né... continuar lendo

Renato,
O "motivo" de um estupro vai muito além disso e é muito complexo para uma simples discussão. Alegar que o motivo do estupro é o "prazer incontrolável" masculino é dizer que a problemática não está na educação e formação da nossa sociedade, enraizadas muitas vezes com o simples pensar, por exemplo, de que mulheres devem se manter "puras" enquanto os homens devem "provar" sua masculinidade "conseguindo" várias destas. Eu te pergunto, porque não é comum na nossa sociedade que mulheres sejam estupradoras? A ausência de remorso e piedade (ou o prazer sexual) é característica exclusiva ao gênero masculino? Se o único motivo de um estupro fosse o prazer sexual, porque ocorrem tantos estupros com objetos como madeira, metal e plástico? Na verdade, o estupro é nada mais que o reflexo de uma sociedade patriarcal onde o desejo do homem é superior ao desejo de uma mulher, é uma relação de poder e acabar com este tipo de prática envolve incontornavelmente enfrentar todos estes mecanismos sociais que produzem homens estupradores.
Como você mesmo falou, a castração química serve apenas como um freio biológico ao prazer sexual e partindo da prerrogativa de que este não é o único motivo para um estupro, esta não é uma medida protetiva contra estupros. O dano causado não se conserta, não se repara, mas se evita.
Quem defende a castração química se esquiva da responsabilidade de construir uma sociedade onde as mulheres tenham (no mínimo) autonomia sobre seus corpos. continuar lendo

Como se fazia em Alemanha nos anos trintas. Castração ou decapitação, sem importar a idade do criminoso. Hoje em dia, com tantos "direitos" a decapitação foi suprimida. continuar lendo

Acho que ao invés de ser castrado, ele deveria ser morto. continuar lendo

Livia,

Você resumiu os motivos que levam à prática do crime de estupro da seguinte maneira:

"Na verdade, o estupro é nada mais que o reflexo de uma sociedade patriarcal onde o desejo do homem é superior ao desejo de uma mulher, é uma relação de poder e acabar com este tipo de prática envolve incontornavelmente enfrentar todos estes mecanismos sociais que produzem homens estupradores."

Suas afirmações denotam a existência de uma "cultura", uma "tolerância" ao estupro no Brasil, por tratar-se (como você mesma afirmou) de uma sociedade patriarcal.
No Brasil não existe nem cultura, nem tolerância social ao estupro, e isso fica ainda mais evidente com o tratamento dispensado aos estupradores dentro das próprias penitenciárias. Nem mesmo pessoas que cometeram crimes e encontram-se reclusas toleram a presença de estupradores.

Noutro giro, as penas para quem comete estupro no Brasil são relevantes (6 a 10 anos na forma do Caput, do artigo 213, CP) (8 a 12 na forma do parágrafo 1º) (12 a 30, quando a conduta se amolda ao parágrafo 2º). Basta observar as alterações legislativas na figura penal incriminadora do estupro, trazidas pela Lei 12.015/09, que veremos a não tolerância do legislador a esse crime, uma vez que foram alargadas as possibilidades do cometimento de sua conduta, a despeito da “Novatio legis in mellius”, mas apenas na parte em que foi acoplado ao Caput o antigo crime de “Atentado Violento ao Pudor”.

No que concerne ao meio social, o repúdio dos cidadãos brasileiros é visível, ocorrendo em muitos casos inclusive linchamentos ou tentativas de linchamento.

Cultura do estupro existe sim é na Índia, em Botsuana e outros países africanos, e em alguns países extremistas muçulmanos, onde não existe igualdade formal nem igualdade material entre homens e mulheres - seja social, legal ou constitucionalmente. Nesses países os estupros coletivos inclusive em público são recorrentes, e com a aquiescência de grande parte da sociedade. Isso não ocorre no Brasil.

Por incrível que pareça países como Noruega, Alemanha, Bélgica, Japão, Estados Unidos da América, aparecem no topo daqueles onde ocorrem maior número de estupros e/ou violência doméstica, em suas mais diversas nuances. Tratam-se de nações onde o nível de cultura e de desenvolvimento social/humano são bastante altos. Questões sociais/culturais/econômicas não são determinantes para que ocorram tais crimes.

Não seria possível (nem mesmo em um só segundo) afirmar que esse adolescente de 17 anos raptou e estuprou um bebê de 1 ano e 3 meses simplesmente porque se sente superior, ou porque exista uma cultura de estupro, ou ainda porque esse bebê não possui autonomia sobre seu corpo. Também não seria cabal a afirmativa de que o fez movido por impulsos sexuais advindos de uma pessoa mentalmente sã, vez que o corpo de uma criança dessa idade não gera, pelo menos em pessoas normais, um desejo libidinoso.

Restou a psicopatia, a degeneração psicológica de um adolescente desses. Com certeza, se analisado seu perfil psicológico em âmbito forense, concluir-se-á que a ausência de remorso e/ou piedade com o sofrimento alheios (dentre outros) teriam sido os fatores determinantes para um ato tão brutal.

Outrossim, se imperasse em nosso meio essa tal cultura/tolerância com o estupro, e se fosse praticado por questões de domínio ou superioridade sexual, como você mesmo afirmou ser o Brasil uma nação patriarcal, teríamos, pelo menos, um estuprador em cada grupo de três homens. E isso nem de longe é real.

É óbvio que uma melhoria significativa na educação, na cultura e nos meios de produção e acesso aos bens de consumo trariam melhorias à nação brasileira. Mas isso só surtiria efeitos reais benéficos depois de formada uma geração completa (do primário à faculdade).

Assim, tais medidas demandariam, no mínimo, 50 anos, pois essa geração que você acredita estar defeituosa teria que perder suas atividades sociais, seu vigor físico, dando lugar aos novos “arquétipos” sociais forjados sob a batuta de uma sociedade nos moldes por você preconizados. E nesse meio tempo? Ficaríamos assistindo os estupros apenas com a esperança de que um dia as novas gerações seriam melhores? Não!

Quando mencionei castração química fiz apenas uma conjectura, vez que não existe nenhuma espécie legislativa nesse sentido, e acredito que jamais existirá. E falar em construir uma sociedade onde homens e mulheres tenham autonomia sobre seus corpos, como se isso fosse evitar a ocorrência de novos estupros – é falácia. O estuprador patológico (o psicopata) não se intimidaria com o fato de alguém possuir autonomia sobre seu corpo. Os estupros ainda assim ocorreriam (fato esse que eu repudio em todas as suas formas).

Quando mencionei que “Talvez ocorra que um estuprador submetido à castração química possa mudar o seu "modus operandi" e cometer novos "estupros" se utilizando de objetos (madeira, metal, plástico...) eu não estava afirmando que isso de fato ocorra nas rotinas criminais, nos crimes sexuais. Estava afirmando justamente o contrário, pois estupro, propriamente dito, praticado com tais objetos são raríssimos (ou talvez inexistentes), vez que o tipo subjetivo é o dolo, consistente na intenção de REALIZAR ATOS DE LIBIDINAGEM.

Assim, na suposta, utópica, ocorrência de uma castração química, o estímulo principal no cometimento de um estupro (estuprar na forma de um ato libidinoso) já não existiria mais.

Mas está sendo muito bom dialogar e aprender com você. Não estamos numa discussão (no sentido pejorativo da palavra), mas sim, num diálogo de pessoas civilizadas.

Valeu. continuar lendo